Tributo à Mãe Natureza

Tributo à Mãe Natureza
Pelas águas limpamos nossos corpos e nossas almas; com a água, nossos espíritos se nutrem...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ervas e plantas que curam


As informações que serão apresentadas nesta e em outras postagens fazem parte de um conjunto de princípios naturalistas, de pesquisas científicas, de publicações em livros, de exibição em canais de TV e em tradições populares e religiosas que foram compiladas por um grande amigo meu, o sacerdote de Umbanda Brasão de Freitas.

Como todos sabemos, os vegetais não são apenas alimentos ou os responsáveis pela fotossíntese, que nos fornece o oxigênio de que tanto precisamos para viver, mas também são medicamentos naturais. Nesta última concepção, contudo, sua prescrição só pode ser feita por profissionais que possuam curso superior em ciências médicas (tais como médicos, psicólogos, psiquiatras, farmacêuticos).

Mas, para nosso conhecimento, tudo o que for dito aqui sobre ervas e plantas é fruto de pesquisas científicas - realizadas por botânicos, biólogos, engenheiros genéticos, farmacêuticos etc. - e também da tradição oral dos nossos antepassados, da crendice popular e do uso místico efetuado pelos sacerdotes das mais variadas religiões. (Vale lembrar que, na Antiguidade, eram os sacerdotes que ministravam os remédios à população.)

ABACATEIRO – A polpa do abacate é riquíssima em vitaminas e, hoje, é muito usada no âmbito da cosmética em forma de cremes ou loções rejuvenescedoras.
A infusão das folhas secas constitui um chá diurético, de gosto bom, que tem ação sobre o fígado, os intestinos e os rins, provocando neste o aumento da diurese, facilitando a eliminação de cálculos renais, diminuindo os edemas renais e baixando a pressão arterial.
O chá do caroço é bom para disenterias e serve como tônico do couro cabeludo.
As cascas são vermífugas e eficientes contra a diarréia e hemorragias.
Os botões das flores são considerados afrodisíacos e muitas vezes foram empregados no tratamento dos órgãos genitais femininos.
Obs.: Usar folhas somente quando secas, pois quando são verdes causam palpitações, prejudicando o coração.

Segundo a crendice popular, as folhas em infusão servem para banhos que acalmam pessoas agitadas, equilibrando as emoções. A fruta, como um todo, junto com as folhas e brotos, é usada ritualisticamente para atrair riquezas materiais.

Botânica oculta – Erva pertencente ao orixá Oxum e regida pelo signo de Virgem. Usada em banhos ritualísticos e em defumações para atrair o amor, a beleza, a doçura e a riqueza, ou para descarregar o ódio, a frieza, a pobreza e o despeito. É também muito usada na Terapêutica Estética Mística.

Receitas originais


Um amigo comentou comigo a respeito de receitas que, originárias de terras africanas ou da cultura indígena brasileira, são conhecidas como "comidas de santo" e, por isso mesmo, bastante utilizadas em rituais de Umbanda e Candomblé nas obrigações para os orixás.

Independentemente dessa finalidade, contudo, muitos pratos do nosso cardápio tiveram a mesma origem, apesar do nosso desconhecimento de tal fato. E acredito eu, da mesma forma que este meu amigo, que não há empecilhos (afora os de preceito espiritual, seguidos pelos filhos de santo) para que essas gostosuras não façam parte da nossa mesa, no dia-a-dia.

Assim, vou passar para todos algumas dessas receitas, e que cada um analise e chegue a suas próprias conclusões...

Acaçá de Milho
É o conhecido acaçá de fubá de milho. Os ingredientes utilizados (para uma pessoa) são os seguintes: uma xícara de fubá de milho (branco ou amarelo), uma xícara de água, sal, uma colher (sopa) de azeite de dendê, 100g de carne seca ou torresmo (toucinho frito), uma cebola picada, alho e um tomate.
Como preparar: misturar o fubá com a água fria e o sal. Aquecer o azeite e depois juntar o fubá; deixar cozinhar até chegar ao ponto de uma pasta grossa, mexendo (de preferência) com colher de pau. À parte, picar a cebola, o tomate e o alho e refogar no azeite de dendê. Picar a carne seca ou o toucinho, fritar e juntar o tempero refogado. Colocar por cima da polenta já pronta e servir.

Agora, para saber se fica bom, o jeito é experimentar, não é mesmo?... (rs)

Capítulo I (parte 3)

Ao contrário de Cibele, que quanto às roupas era uma verdadeira patricinha, Alice tinha um jeito muito particular de se vestir. Herdara da mãe, antiga integrante do movimento hippie dos anos 60, o gosto pelas amplas saias de tecidos diáfanos, que caíam molengas ao longo do corpo, bem como as blusas bordadas com miçangas, vidrilhos e paetês, além de todos os tipos de sianinha, bordado inglês e qualquer enfeite que trouxesse “mais vida” às suas vestes, como não se cansava de dizer.

Invariavelmente, uma sapatilha combinava com a roupa do momento, cheia também de enfeites que a deixavam “com os pés sempre prontos para uma festa”, como bem lembrava uma outra amiga do colégio. Mesmo para ir às aulas, uma vez que há muito o uniforme havia sido abolido para os estudantes do Colegial, Alice marcava presença com seu modo inusitado de se vestir.

Ali, parada à porta do quarto, Alice equilibrava a pilha de CDs enquanto olhava para os lados à procura de um lugar onde pudesse descarregar todo aquele peso. Ela sempre fora mesmo meio exagerada, pensava Cibele, indo em socorro da amiga.

- Que é, tá querendo passar todo o final de semana estudando ou escutando música? Será que você consegue se concentrar mais nos exercícios de Matemática que nos CDs de relaxamento?... Acho que a gente vai acabar mesmo é dormindo... – riu Cibele, enquanto Alice desabava sobre a cama da amiga.

Apesar de aparentemente tão diferentes, as duas tinham muita coisa em comum: além de pais divorciados, suas saídas sozinhas eram bastante controladas pelas mães, que se sentiam muito mais responsáveis pelas filhas devido à ausência dos ex-maridos.

Mesmo tendo vivido boa parte de sua vida em comunidades hippies, Sandra, a mãe de Alice, optara por uma educação mais rígida para a filha, com o objetivo de protegê-la “desse verdadeiro caos em que se transformou o mundo moderno”.

Já Josephine, descendente de uma tradicional família paulistana, os Pires da Mota, trazia do berço os ensinamentos que sempre pautaram sua vida: a mulher tem de ser educada para se tornar uma filha obediente, uma esposa prendada e uma mãe devotada. Fora isso, era a libertinagem imperando e fazendo sofrer aquelas que ousassem transgredir as leis religiosas e sociais que regiam seu mundo.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Capítulo I (parte 2)

Alceu comprara aquelas terras para que os pais tivessem uma velhice tranqüila e pudessem viver junto à Natureza, de que tanto gostavam. Além da criação de gado, que lhes propiciava também leite fresco e carne vermelha de boa qualidade, bem como frangos e ovos da granja para a mesa, a fazenda contava ainda com um pomar invejável e uma horta que abastecia algumas cidades da região.

Para que os pais não tivessem preocupação alguma, a não ser viver de forma bem saudável seu período de aposentadoria – ambos haviam trabalhado muito para que seu filho se tornasse um bem-sucedido advogado –, Alceu tinha contratado Cássio, um excelente administrador, que era responsável pelo gerenciamento da fazenda.
Assim, além de propiciar um lar calmo e aprazível para Márcio e Esmeralda, o filho havia feito também um rentável negócio ao adquirir a Fazenda Pingo de Ouro. Como poucas naquela região, a propriedade era auto-sustentável, pois os produtos que se necessitava comprar compunham uma lista bem pequena.

Alceu procurou equipar a fazenda com o que havia de mais moderno em instrumentos e equipamentos agrícolas, e as técnicas de agricultura orgânica, bem como de meios alternativos de geração de energia, complementavam o baixo custo de sua produção.

Enquanto ainda pensava nos muitos momentos felizes que se sucediam quando estava na Pingo de Ouro, Cibele foi interrompida pela entrada de Alice em seu quarto. A amiga trazia uma pilha de CDs, mal e mal equilibrados sobre alguns cadernos e apostilas.
- E aí, está pronta para a maratona de provas que começa na próxima semana? Trouxe alguns CDs de música relaxante, que o Alex disse que são formidáveis para a gente se acalmar enquanto vai estudando...

Cibele não pôde deixar de rir da figura cômica da amiga. Alice não era o que se podia chamar de uma beldade, mas os longos cabelos pretos (que ela insistia em decorar com aquelas trancinhas cheias de pequenas presilhas), o corpo longilíneo e bem proporcionado, as pernas bem torneadas e os cílios muito pretos fazendo sombra aos lindos olhos azuis a tornavam uma garota atraente. O que não ajudava muito eram aquelas roupas estranhíssimas, que pareciam agradar somente quem as estava usando.