Tributo à Mãe Natureza

Tributo à Mãe Natureza
Pelas águas limpamos nossos corpos e nossas almas; com a água, nossos espíritos se nutrem...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Culinária afro-ameríndia


Angu da Terra


Ingredientes do angu: duas colheres (de sopa) de fubá, uma xícara de água fria, sal, alho e azeite de dendê;

Molho: 250g de miúdos de boi misturados (fígado, coração, rim etc.), tomate, cebola, cheiro-verde, pimenta, alho, sal, azeite de dendê e vinagre,

Complemento: uma banana da terra, açúcar, canela.

Preparo: colocar o fubá de molho na água fria. Refogar o alho e juntar o fubá e o sal, deixando cozinhar. Quando o angu estiver pronto, despejar numa tigela e reservar. Colocar os miúdos picados em sal e vinagre. Refogar o tomate, a cebola, o cheiro-verde, a pimenta, o alho, o sal (tudo previamente temperado com pouco vinagre), juntar os miúdos, colocar água e cozinhar. Quando estiver pronto, despejar sobre o angu. Em separado, cortar a banana em tiras e fritar até dourar ligeiramente. Passar as tiras em um pouco de açúcar com canela e enfeitar o angu. Servir em seguida.

Capítulo II (parte 3)

Ao chegar ao escritório, Alfredo andava cabisbaixo, sem nem sequer responder ao cumprimento de seus subordinados. A secretária lhe entregou os muitos recados deixados pela ex-esposa no dia anterior, mas ele depositou os papéis sobre a mesa sem nem mesmo olhá-los. Recostou-se no alto espaldar da cadeira e passou as mãos pelo rosto cansado.

Como poderia suportar aquilo tudo que estava acontecendo com ele? Por que não se sentia com forças para reagir e dar nova direção à sua vida?
Desde que abandonara a esposa e a filha para ir viver com Valéria, parece que havia perdido o controle das coisas. Seu salário – um dos maiores daquela empresa multinacional, já que respondia pela Diretoria Financeira – já não estava sendo suficiente para pagar todas as despesas.

Antes, conseguia guardar boa parte do que ganhava, mesmo dando um padrão de vida muito bom para Sandra e Alice. Moravam em casa própria, com piscina, no bairro do Sumaré, em região considerada das mais valorizadas da cidade. Tinham sempre na garagem dois carros do ano, importados, e nas férias podia proporcionar à família viagens pelo Brasil e ao Exterior.

Agora, com os caros “mimos” que a amante lhe arrancava – novas jóias todas as semanas, roupas de grifes famosas e rápidas viagens aos locais turísticos considerados “in” no Brasil –, as economias de longos anos se esvaíram num piscar de olhos.

Até os recursos que reservara para os estudos da filha haviam sido consumidos pela avidez de Valéria. E o pior de tudo isso é que ele não conseguia lhe dizer “Não”, mesmo discordando de suas extravagâncias. “Se acreditasse no sobrenatural, até pensaria que fui enfeitiçado por ela”, pensou, para logo em seguida sorrir tristemente ante o que julgou ser um devaneio descabido.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Florais Flores da Terra

Meus amigos sabem que sou adepta das terapias naturais há muito tempo - desde antes mesmo de trabalhar na revista Planeta, onde apurei essa minha preferência não apenas entrevistando terapeutas expoentes em suas áreas de atuação, mas também frequentando diversos cursos.

Hoje, atuando também como massoterapeuta, dentre outras opções utilizo o Sistema Floral "Flores da Terra", que foi sistematizado pela farmacêutica e terapeuta natural Maria de Fátima Fernandes, que mora em Minas Gerais. Como parte da família dela mora em Itanhaém, foi aqui no Litoral que nos encontramos pela primeira vez, em 2005, e foi aqui mesmo que aprendi a usar os florais em meus trabalhos.

Apesar de a Fátima ter me ensinado a dinamizar as fórmulas a partir de tinturas-mãe que ela elabora no local mesmo em que as flores foram colhidas (em seu habitat natural), me adaptei melhor usando os florais no creme de massagem que utilizo para cada um de meus clientes.

Assim, vou explicar a vocês quais as essências florais que a Fátima sistematizou, bem como o uso que se faz delas como "Flores da Terra" - vale lembrar que a atuação de suas energias sutis ocorre nos nossos corpos etérico, astral, emocional, mental (o que acaba se refletindo em nosso organismo físico também).

E, para começar, vamos falar da flor do Abacateiro, que combate a rigidez, ajuda a promover o desprendimento de conceitos antigos e transforma padrões de hierarquia social. Ensina ainda a enxergar com os olhos da alma, bem como auxilia na queima de arquivo akáshico (cármico) e na transformação de padrões vibratórios.

Capítulo II (parte 2)

- Parece que você se esqueceu de muitos preceitos que seguiu quando vivia em comunidade, e que me ensinou quando veio morar comigo. Um deles dizia para ajudarmos a quem precisa, sem esperar retorno pelo nosso auxílio.
E Sandra foi obrigada a concordar com o marido, mas não podia negar aquela sensação de incômodo que teimava em se manifestar bem no seu íntimo.
Com a internação de Valéria – motivada pela grande debilidade orgânica que a vitimara, resultado de uma vida desregrada e pouco farta quanto à alimentação –, Alfredo passou a dar assistência à moça, e muitas vezes passava pelo hospital antes de regressar a sua casa, depois do trabalho. Os grandes olhos verdes de Valéria muitas vezes o prendiam mais do que gostaria de se demorar ali, mas acabava cedendo aos seus apelos porque só assim conseguia ver um pálido sorriso no rosto da socorrida.
Foram quase três semanas de visitas diárias, que criaram um laço de carinho muito especial entre o salvador e sua protegida. Ao deixar o hospital, Valéria foi para um pequeno apartamento alugado por Alfredo, já que, na noite em que foi socorrida, havia sido expulsa do local onde morava pelo seu cafetão.
Custeada pelo executivo, ela acabou deixando de praticar o metiê, e logo em seguida se tornaram amantes.

Recordando todos aqueles momentos sofridos, quando teve de encarar que perdera o marido para uma prostituta, Sandra principiou a sentir remorso pela praga que lhe rogara, quando Alfredo deixou sua casa para ir viver com Valéria. Seu agora ex-marido havia alugado a cobertura num edifício recém-construído no bairro da Vila Madalena, pois a sujeitinha adorava “transitar no meio de artistas” – e ali, com certeza, pintores, escultores, poetas e escritores, dentre outros, havia às dúzias... Ela dissera, então, que a cabeça de Alfredo não seria grande o suficiente para carregar “os galhos” que a outra lhe arranjaria. E depois disso tudo não se passaram nem seis meses.