Tributo à Mãe Natureza

Tributo à Mãe Natureza
Pelas águas limpamos nossos corpos e nossas almas; com a água, nossos espíritos se nutrem...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Capítulo III (parte 2)

Enquanto as garotas se preparavam para viajar, arrumando as malas no quarto ao lado, Josephine estava sentada em confortável poltrona ao lado da janela, com um livro aberto esquecido sobre o colo. Pensava como, antigamente, eram bons aqueles momentos que precediam as idas para a fazenda: Cibele correndo de um lado para o outro, querendo colocar dentro da mala mais do que o necessário para os dias que passariam lá; Alceu recomendando que não se esquecesse das compras especiais que fizera para os pais; ela separando as roupas leves e confortáveis que a faziam se sentir tão bem quando desfrutava aquele ambiente tão simples e natural.

Sim, era uma pena que essas visitas, agora, fizessem parte apenas de seu passado. Não podia negar que ainda era apaixonada por Alceu, o que não facilitava em nada qualquer tentativa de começar um novo relacionamento – que ela nem sequer procurava ou desejava.

Como diziam sua avó e sua mãe, ela também sentia que um grande amor era para toda a vida. E o seu amor por Alceu ainda estava muito vivo em seu coração, em sua alma. Por isso, muito bem escondida de todos, Josephine ainda guardava a esperança de que o marido voltasse para ela.

Tão logo chegou a Milão, Sandra ligou para a filha, querendo saber se elas já estavam instaladas na fazenda. “Mãe, pode ficar descansada: vovô Márcio e vovó Esmeralda prepararam um banquete para nós. Falei para a Cibele que, se a gente não se cuidar, não vai ter academia que dê jeito no excesso de peso”, riu a garota divertida, pois a primeira preocupação de sua mãe, também, era que ela estivesse bem alimentada.

“Vamos ficar no quarto rosa, pois a Cibele prefere estar de frente para a piscina; assim, se a noite estiver muito quente, podemos nos refrescar sem molhar a casa toda”, comentou Alice, lembrando a mãe da vez anterior em que estiveram ali. Como ela e a amiga ficaram do outro lado do corredor, acabaram encharcando o tapete da sala de estar ao sair da piscina, sem toalha, e atravessar o aposento e parte do corredor até atingir o quarto azul.

Confortável e espaçosa, a casa principal da fazenda tinha oito amplas suítes (cada uma pintada em cor diferente, o que lhes dava os nomes), para os moradores e hóspedes, além dos quartos menores para os empregados. Apesar disso, Cibele e Alice gostavam de ficar sempre juntas, dividindo os mesmos aposentos. Aproveitavam para conversar até de madrugada: falavam de suas vidas e comentavam sobre seus sonhos, projetos e paqueras. Outras vezes, assistiam a filmes que não seriam aprovados por suas mães, mas que eram recomendados pelas colegas do colégio.

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