Tributo à Mãe Natureza

Tributo à Mãe Natureza
Pelas águas limpamos nossos corpos e nossas almas; com a água, nossos espíritos se nutrem...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Capítulo I (parte 2)

Alceu comprara aquelas terras para que os pais tivessem uma velhice tranqüila e pudessem viver junto à Natureza, de que tanto gostavam. Além da criação de gado, que lhes propiciava também leite fresco e carne vermelha de boa qualidade, bem como frangos e ovos da granja para a mesa, a fazenda contava ainda com um pomar invejável e uma horta que abastecia algumas cidades da região.

Para que os pais não tivessem preocupação alguma, a não ser viver de forma bem saudável seu período de aposentadoria – ambos haviam trabalhado muito para que seu filho se tornasse um bem-sucedido advogado –, Alceu tinha contratado Cássio, um excelente administrador, que era responsável pelo gerenciamento da fazenda.
Assim, além de propiciar um lar calmo e aprazível para Márcio e Esmeralda, o filho havia feito também um rentável negócio ao adquirir a Fazenda Pingo de Ouro. Como poucas naquela região, a propriedade era auto-sustentável, pois os produtos que se necessitava comprar compunham uma lista bem pequena.

Alceu procurou equipar a fazenda com o que havia de mais moderno em instrumentos e equipamentos agrícolas, e as técnicas de agricultura orgânica, bem como de meios alternativos de geração de energia, complementavam o baixo custo de sua produção.

Enquanto ainda pensava nos muitos momentos felizes que se sucediam quando estava na Pingo de Ouro, Cibele foi interrompida pela entrada de Alice em seu quarto. A amiga trazia uma pilha de CDs, mal e mal equilibrados sobre alguns cadernos e apostilas.
- E aí, está pronta para a maratona de provas que começa na próxima semana? Trouxe alguns CDs de música relaxante, que o Alex disse que são formidáveis para a gente se acalmar enquanto vai estudando...

Cibele não pôde deixar de rir da figura cômica da amiga. Alice não era o que se podia chamar de uma beldade, mas os longos cabelos pretos (que ela insistia em decorar com aquelas trancinhas cheias de pequenas presilhas), o corpo longilíneo e bem proporcionado, as pernas bem torneadas e os cílios muito pretos fazendo sombra aos lindos olhos azuis a tornavam uma garota atraente. O que não ajudava muito eram aquelas roupas estranhíssimas, que pareciam agradar somente quem as estava usando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário